Como a Campanha do Canva com Xuxa Transformou a Nostalgia e o Humor em Ferramentas de Conexão de Marca
- Tainan Cruz
- há 3 dias
- 3 min de leitura
Uma análise profunda sobre como o Canva reposicionou sua presença no imaginário coletivo ao unir humor, nostalgia e cotidiano, colocando a marca como item essencial da vida adulta criativa.
A nova campanha do Canva estrelada por Xuxa é mais do que uma peça publicitária: é um estudo de caso sobre como marcas contemporâneas estão usando memórias afetivas, humor e cotidiano adulto para criar conexão genuína.
Com uma narrativa que combina ícones nostálgicos e elementos da vida moderna, air fryer, cheque especial, preenchimento labial e até o irônico “caderno do divórcio”, o Canva se posiciona de forma inteligente como um item essencial na rotina criativa da vida adulta.

Nostalgia como ferramenta estratégica de posicionamento
A escolha da Xuxa não é aleatória: ela representa um dos maiores símbolos afetivos de quem cresceu nos anos 80 e 90. Para essa geração, hoje adulta e altamente ativa no digital, Xuxa desperta uma memória emocional imediata.
No branding, chamamos isso de ancoragem emocional, quando uma marca se conecta a um símbolo cultural que já habita o imaginário coletivo para acessar sentimentos, lembranças e valores que o consumidor reconhece sem esforço.
Ao trazer Xuxa para um contexto atual, falando de boletos, air fryer, rotina adulta e caos do dia a dia, o Canva constrói uma ponte entre passado e presente.É nostalgia com propósito, não apenas nostalgia por estética.
Humor como linguagem de humanização e proximidade
O humor da campanha funciona como facilitador emocional. Ele suaviza a dureza da vida adulta e cria alinhamentos instantâneos:
Air fryer como “símbolo do adulto responsável”;
Cheque especial como drama coletivo;
Preenchimento labial como marco da estética contemporânea;
O "caderno do divórcio" como sátira da vida real;
A Xuxa vivendo tudo isso — melhor ainda.
No branding, humor é sobre aproximação.Quando uma marca faz o público rir de si mesmo, ela derruba barreiras cognitivas e se posiciona como igual, não como instituição distante.
Essa identificação é poderosa e gera engajamento orgânico.

O Canva como “item de sobrevivência criativa”
O ponto mais sofisticado da campanha é o movimento de reposicionamento simbólico:
O Canva deixa de ser apenas uma ferramenta de design e passa a habitar a categoria dos essenciais da vida adulta.
Assim como uma air fryer ou um planner, ele aparece como algo:
simples
indispensável
cotidiano
facilitador da vida real
Ao final do vídeo, quando a própria Xuxa cria um anúncio no Canva, isso não é um detalhe, é um statement estratégico: “Se até a Xuxa usa o Canva para dar conta da vida, você também pode, e deve.”
É assim que uma marca evolui de produto para hábito.
Coerência estética: forma e essência caminhando juntas
Outro ponto forte é a estética da campanha:
cores vibrantes
estética TV anos 90
iluminação pop
figurino inspirado no clássico
linguagem visual leve e divertida
Tudo isso conversa com a essência da marca, que se posiciona como:
democrática
acessível
criativa
simples de usar
divertida
A estética reforça a essência.O que vemos na campanha é o mesmo que sentimos ao usar o Canva.
Conclusão: A marca que entendeu a vida adulta e soube rir junto
O Canva mostra uma profunda compreensão do comportamento do consumidor contemporâneo: adultos nostálgicos, sobrecarregados e criativos, que querem leveza, praticidade e ferramentas que realmente façam diferença.
A campanha não vende um software.Ela vende identificação, afeto e pertencimento.
No branding moderno, esse é o jogo.
Ao unir Xuxa, nostalgia e humor com maestria, o Canva não só reforça seu posicionamento, ele se consolida como um companheiro de jornada criativa da geração que cresceu com Xuxa e hoje empreende, cria e se reinventa diariamente.












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